A consciência e a educação financeiras são fundamentais para a vida e, portanto, quanto mais cedo forem cultivadas, melhor. Em finanças pessoais fala-se dos 4Rs da educação financeira como 4 pilares que podem ajudar-nos a gerir o rendimento e evitar problemas desnecessários.
É importante criar ao longo da vida uma relação natural e positiva com o dinheiro. Para uma vida financeira que responda às necessidades básicas e não traga complicações futuras, existem os 4 pilares da educação financeira. É mais uma metodologia que tem como função apoiar-nos na organização do rendimento pessoal e familiar, e que pretende ajudar qualquer um a viver com mais propósito, longe de incumprimentos. Vamos conhecê-los?
Esta ideia defende que o primeiro passo na vida financeira é o de reconhecer o que precisamos de mudar e melhorar para atingirmos objetivos e tranquilidade. É imperativo neste ponto partir de uma reflexão sobre finanças que determine o que é importante para si e onde quer chegar. Pense nas mentiras que tem contado a si mesma sobre as suas crenças financeiras e comece a agir. Só enfrentando esse desafio e as suas conclusões podemos começar a assumir o controlo dos nossos gastos.
É o ato de anotar todos os gastos para saber onde é que o seu dinheiro tem sido aplicado. Pode parecer exagero, mas essa é a forma mais efetiva de controlar os custos e equacionar o que pode ser alterado, melhorado ou que parcelas de rendimento podem ser realocadas a outras necessidades de consumo. Se o fizermos durante um mês de uma forma sistemática, regra geral conseguimos obter a visão geral de como gastamos o dinheiro. Muitos consumidores só têm noção das grandes despesas, mas é nos pequenos gastos que podemos mexer com mais facilidade, e também neles que se vai boa parte do salário mensal. Muitas vezes não se tem noção de quanto se gasta em coisas tão banais como café, mas se fizer as contas ao ano…ficará surpreendido.
Reavaliar ou rever é parte da mentalidade essencial nesta matéria. Devemos tentar perceber qual é o comportamento, a crença, o preconceito ou até o medo que nos levou a uma situação de confusão e caos financeiro, e que apenas soma problemas à nossa vida. Seja honesto consigo mesmo, e depois disso parta para a correção da sua atitude com espírito positivo (a culpa de nada lhe serve!). Comece a trabalhar na pesquisa de informação para poupar em bens e serviços, parta para um consumo mais consciente e frugal, evite o cartão de crédito e pense que, em muitas coisas na vida só devemos gastar o que podemos pagar. Endividar-se por desejos de consumo que os seus rendimentos não cobrem é arriscado. As ‘dívidas boas’ são essencialmente as que estruturam a vida, como a compra de casa ou de instrumentos para trabalho ou estudo, por exemplo. Em matéria de lazer ou desejos de luxo devemos ser prudentes e evitar o crédito ao consumo.
Esta é a medida e a meta a que todos os consumidores querem chegar. Só depois de saber onde tem gasto o seu dinheiro, na prática, quais são as suas principais despesas, e quais são as suas prioridades, pode partir para a realização de outras necessidades, sonhos e projetos, sem se enredar numa teia de dívidas. E, sim, é possível começar a realizar sonhos a partir daqui. Mesmo que o caminho seja lento e difícil, é nesta direção que a média dos cidadãos consegue concretizar. Sem termos percorrido estas 4 etapas, as nossas ações são tiros no escuro que dificilmente nos levarão a um cenário de finanças saudáveis.
Em pleno século XXI a educação financeira é considerada já um dos alicerces da qualidade de vida, tão desejada pelos cidadãos. A instabilidade da carteira é um dos fatores catalisadores da falta de saúde e realização pessoal. Uma vida financeira saudável contribui para evitar problemas físicos, mentais e emocionais, bem como algumas das doenças predominantes do nosso tempo, como a ansiedade ou a depressão. Procure sempre o seu bem-estar e o equilíbrio financeiro com este tipo de estratégias, sabendo que devagar se vai ao longe.