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SAIBA MAISO sucesso na vida financeira começa com um simples passo: analisar a situação atual e definir para onde se pretende ir. Nem sempre é fácil ter uma boa noção do que se passa na nossa carteira, nas nossas contas bancárias e no que nos espera nos próximos meses ou anos. Mas entrar em negação sobre essa análise é o passaporte para multiplicar as nossas preocupações com dinheiro. As teorias da gestão dizem que «quem não mede, não gere». A vida financeira mais trivial exige um mínimo controlo. Porque não começar hoje?
O primeiro passo é o mais difícil de dar, mas a consciência da sua situação só o pode ajudar, no melhor dos casos, a encontrar formas mais eficientes de gerir o dinheiro, definir metas e realizar sonhos. Em casos menos simples, no mínimo, ajuda-nos a evitar esparrelas financeiras e a fugir a complicações e incumprimentos.
Em finanças pessoais ter noção do próprio orçamento pessoal/familiar é fundamental para se afastar de dívidas ou créditos desnecessários, bem como para perceber oportunidades de investimento e poupança para os objetivos que lhe são mais importantes.
Vantagens de autoavaliação financeira:
É importante contabilizar todo o tipo de rendimentos, e suas variações, como salários, subsídios, prémios ou retorno de impostos.
Deve fazer um esforço para identificar todas as despesas, até as mais banais. As aplicações bancárias são uma ajuda nesta matéria para ter noção do extrato completo dos movimentos da sua conta corrente e também das despesas acumuladas no cartão de crédito, caso utilize. Deve ter em conta gastos sazonais específicos, como alguns seguros obrigatórios, IUC, IRS ou IMI, por exemplo.
Quando olhamos para os números em absoluto parece difícil entender como gastamos tanto. O truque é separar os valores em categorias, para facilitar a visualização. Renda/prestação da casa, alimentação, saúde, transportes, lazer ou seguros são algumas das possíveis. É importante ter em conta todas as dívidas e prazos para as pagar.
Nesta fase, pode começar a perceber, com uma simples folha de cálculo ou aplicação, que há valores excessivos de que não tinha noção, bem como formas de os contornar. Se perceber que gasta demais em transporte pessoal, e sua manutenção, talvez seja altura para equacionar usar o transporte coletivo em alguns dias, por exemplo. No vestuário, pode aderir à tendência da reciclagem e comprar mais em 2ª mão, seja em lojas física ou online.
Agora que já realizou a sua radiografia financeira, como deverá olhar para os resultados?
Na essência, esta radiografia financeira deve ficar como hábito, e deve fazer também pontos de situação semestrais ou anuais. Para que o diagnóstico faça sentido, tem de promover mudanças, nomeadamente o controlo do orçamento mensal/familiar e o hábito de recorrer a planos de médio (ou longo) prazo.
Este mapa da sua vida financeira deve conseguir avaliar qual o seu estilo de vida e objetivos, concluindo se tudo se adapta aos seus rendimentos, opções e convicções, ou se é necessário fazer adaptações. Ao contrário do que possa pensar, este não é só o mapa das dores de cabeça: pode mesmo ser o seu mapa do tesouro.
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