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    Análise das suas finanças pessoais: por onde começar?

    O sucesso na vida financeira começa com um simples passo: analisar a situação atual e definir para onde se pretende ir. Nem sempre é fácil ter uma boa noção do que se passa na nossa carteira, nas nossas contas bancárias e no que nos espera nos próximos meses ou anos. Mas entrar em negação sobre essa análise é o passaporte para multiplicar as nossas preocupações com dinheiro. As teorias da gestão dizem que «quem não mede, não gere». A vida financeira mais trivial exige um mínimo controlo. Porque não começar hoje?

    O primeiro passo é o mais difícil de dar, mas a consciência da sua situação só o pode ajudar, no melhor dos casos, a encontrar formas mais eficientes de gerir o dinheiro, definir metas e realizar sonhos. Em casos menos simples, no mínimo, ajuda-nos a evitar esparrelas financeiras e a fugir a complicações e incumprimentos.

    Em finanças pessoais ter noção do próprio orçamento pessoal/familiar é fundamental para se afastar de dívidas ou créditos desnecessários, bem como para perceber oportunidades de investimento e poupança para os objetivos que lhe são mais importantes.

    Vantagens de autoavaliação financeira:

    • Evita gastos desnecessários;
    • Permite um consumo mais consciente;
    • Identifica oportunidades para investir o seu dinheiro;
    • Leva ao reconhecimento de hábitos que precisam de ser alterados;
    • Define estratégias mais precisas para alcançar os seus objetivos.
    1. Analise os seus rendimentos:

    É importante contabilizar todo o tipo de rendimentos, e suas variações, como salários, subsídios, prémios ou retorno de impostos.

    1. Identifique todas as despesas:

    Deve fazer um esforço para identificar todas as despesas, até as mais banais. As aplicações bancárias são uma ajuda nesta matéria para ter noção do extrato completo dos movimentos da sua conta corrente e também das despesas acumuladas no cartão de crédito, caso utilize. Deve ter em conta gastos sazonais específicos, como alguns seguros obrigatórios, IUC, IRS ou IMI, por exemplo.

    1. Divida as despesas em categorias: 

    Quando olhamos para os números em absoluto parece difícil entender como gastamos tanto. O truque é separar os valores em categorias, para facilitar a visualização. Renda/prestação da casa, alimentação, saúde, transportes, lazer ou seguros são algumas das possíveis. É importante ter em conta todas as dívidas e prazos para as pagar.

    1. Avalie oportunidades de melhorar:

    Nesta fase, pode começar a perceber, com uma simples folha de cálculo ou aplicação, que há valores excessivos de que não tinha noção, bem como formas de os contornar. Se perceber que gasta demais em transporte pessoal, e sua manutenção, talvez seja altura para equacionar usar o transporte coletivo em alguns dias, por exemplo. No vestuário, pode aderir à tendência da reciclagem e comprar mais em 2ª mão, seja em lojas física ou online.  

    Agora que já realizou a sua radiografia financeira, como deverá olhar para os resultados?

    • Aplique rigor ao orçamento

      Faça uma análise objetiva e desassombrada do seu orçamento mensal/familiar, afinal é sempre um trabalho em progresso contínuo e há meses que correm melhor do que outros. Aliás, é quando já tem pelo menos uns 6 meses de todos os gastos identificados que começa a ter um panorama mais completo da sua situação financeira que, ao longo do ano, terá naturalmente altos e baixos.

    • Reveja as suas dívidas

      Para uma análise mais apurada, deve rever (ou mesmo renegociar) os seus créditos: considere a sua capacidade de endividamento perante a banca (pode fazer uma simulação online de um crédito de que precise para melhorar a sua vida: estudar, comprar casa ou comprar automóvel); deve rever os seus seguros; e deverá ainda analisar o estado das suas poupanças e investimentos e perceber se está a cumprir objetivos financeiros.

    • Não se poupe nas poupanças

      Pode não ter grande capacidade de poupança ou investimento, mas saiba que estes são essenciais para ter finanças equilibradas, pelo que deve fixá-los como objetivos a atingir. Uma forma interessante de conseguir associar as suas poupanças a objetivos específicos é através da utilização da app MySavings. A partir de 25€ por mês, poderá criar poupanças para várias finalidades, com diferentes riscos de investimento, e objetivos de curto e longo prazo.

    Na essência, esta radiografia financeira deve ficar como hábito, e deve fazer também pontos de situação semestrais ou anuais. Para que o diagnóstico faça sentido, tem de promover mudanças, nomeadamente o controlo do orçamento mensal/familiar e o hábito de recorrer a planos de médio (ou longo) prazo.

    Este mapa da sua vida financeira deve conseguir avaliar qual o seu estilo de vida e objetivos, concluindo se tudo se adapta aos seus rendimentos, opções e convicções, ou se é necessário fazer adaptações. Ao contrário do que possa pensar, este não é só o mapa das dores de cabeça: pode mesmo ser o seu mapa do tesouro.

     

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