Pode parecer a ideia mais simples ou imediata de poupança, mas no nosso país, a literacia financeira ainda não é evidente para todos. Se em contexto familiar, e até escolar, não nos habituaram a lidar com o dinheiro de forma organizada, ganhar este hábito pode não ser automático. No entanto, quando vivemos com os euros contados, muitos de nós já passaram por situações difíceis, por isso é importante aprender a construir um Fundo de Emergência e tê-lo sempre à disposição.
Há algumas situações na vida que se tornam absolutamente aflitivas se não forem resolvidas de imediato. Uma avaria em eletrodomésticos essenciais, no carro (caso dependa dele para trabalhar, por exemplo), uma emergência de saúde, um filho a precisar de um investimento extra na sua educação, ou até uma situação inesperada de desemprego. Estas são apenas algumas das muitas situações imprevistas em que podemos precisar de um «amortecedor» financeiro, ou seja, de um fundo de emergência que nos permita evitar o stress financeiro e agir de forma tranquila.
Este fundo de emergência pessoal deve existir sempre e tem como objetivo cobrir despesas inesperadas e, até mesmo, períodos de quebra de rendimentos. O recomendado é que cubra, no mínimo, 3 meses de todas as despesas fixas mensais, sendo 6 meses o ideal. Esta é a base de uma boa gestão financeira. Sabemos que em Portugal muitos consumidores e famílias têm dificuldade em poupar, mas é possível começar com pequenos passos.
Se ainda não conseguiu criar o seu fundo de emergência experimente guardar parte do subsídio de Natal ou começar um trabalho extra, como freelancer, cujo rendimento seja direcionado apenas para poupança. Por exemplo, se as suas despesas fixas mensais (renda/prestação, contas da casa, alimentação, seguros obrigatórios, transportes, etc.) forem de 1000 euros, o ideal seria ter cerca de 6000 euros guardados como fundo.
Ter um fundo de emergência implica começar com um montante pré-definido e, de preferência, abrir uma conta poupança onde possa fazer depósitos programados ou automáticos até atingir o valor necessário. Para trabalhadores independentes, recomenda-se, quando possível, um fundo que cubra até 12 meses de despesas, dada a maior incerteza nos rendimentos.
A regra de ouro é que o fundo de emergência deve ser de fácil acesso e resgatável de imediato, pois nunca sabemos quando vamos precisar dele. Esta poupança deve estar à mão, e não aplicada em investimentos de risco ou em depósitos a prazo, já que pode precisar do valor rapidamente. Afinal, não se consegue passar três meses sem frigorífico, certo?
Através da app MySavings pode programar entregas automáticas para o seu fundo de emergência, mantendo o seu dinheiro seguro e ainda com alguma rentabilidade (Opção Seguro do produto Fidelidade Savings). Assim, terá sempre as suas poupanças à mão e acessíveis em caso de emergência.
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Ter um fundo de emergência pode fazer a diferença entre endividar-se ou não. E o endividamento pode ser evitável e, muitas vezes, complica a vida financeira por vários anos. Além disso, se tiver outras poupanças para objetivos de longo prazo, como um PPR (Plano Poupança Reforma), o fundo de emergência pode evitar que tenha de resgatar essas poupanças antes do tempo, evitando assim penalizações ou perdas financeiras.
O Fundo de Emergência deve ser mantido e atualizado à medida que as suas necessidades financeiras aumentam. Além disso, deve ser mantido longe de tentações de consumo imediato, especialmente quando falamos de despesas desnecessárias ou dispendiosas. Não se esqueça de que o fundo de emergência é uma ferramenta essencial em finanças pessoais e deve começar a construí-lo logo no início da sua vida financeira independente.