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    Para que serve um fundo de emergência?


    Para que serve um Fundo de Emergência?

    Pode parecer a mais simples ou imediata ideia de poupança, mas no nosso país a literacia financeira ainda não é evidente para todos. Se em contexto familiar, e até escolar, não nos habituaram a lidar com o dinheiro desta forma, ganhar este hábito pode não ser automático. No entanto, quando vivemos com os euros contados, muitos de nós já passaram por situações pouco simpáticas, por isso é importante aprender a construir um Fundo de Emergência e tê-lo à disposição.

    Há algumas situações na vida que se tornam absolutamente aflitivas se não forem resolvidas no momento. Uma avaria em eletrodomésticos essenciais, no carro (caso dependa mesmo dele para trabalhar, por exemplo), uma emergência de saúde, um filho a precisar de um investimento extra na sua educação, ou até uma situação inesperada de desemprego. São múltiplas as situações imprevistas em que podemos precisar de um «amortecedor» financeiro.

    Como fazer as contas?

    Este fundo de emergência pessoal deve existir sempre, e a sua ideia é a de cobrir despesas inesperadas e mesmo quebra de rendimentos. Quando possível deve cobrir, no mínimo, 3 meses de todas as despesas fixas mensais, sendo 6 o ideal. É a base de tudo. Como a decisão de poupar se vai solidificando, passo a passo, mas com regularidade, e muitos consumidores e famílias em Portugal têm dificuldade objetiva em poupar, é bom saber como dar um primeiro passo.

    Se ainda não conseguiu fazê-lo ainda pode experimentar, por exemplo, já este ano, guardar parte do subsídio de Natal e começar a investir na sua segurança financeira. Ou arranjar um pequeno trabalho extra, como free-lancer, que lhe ocupe pouco tempo, mas cujo rendimento seja só para poupança. Caso as suas despesas fixas mensais (renda/prestação, contas da casa, alimentação, seguros obrigatórios, transportes, etc.) sejam de 1000 euros, deverá ter sensivelmente 6000 euros de parte.

    Qual o segredo para o construir e conservar?

    Esta ideia de ter um montante para despesas inesperadas, ou para manter a sua vida durante uns meses, numa ocasião extraordinária, implica começar com um montante pré-definido, mas depois abrir uma conta poupança para que possa fazer entregas de dinheiro programadas/automáticas, até atingir o objetivo, e ir mantendo o valor que estabeleceu. No caso dos trabalhadores independentes aconselha-se por vezes um fundo maior, até 12 meses, quando possível.

    A regra de ouro é que é preciso que o Fundo de Emergência seja resgatável imediatamente, pois nunca sabemos quando podemos precisar. Este tipo de poupança terá de estar à mão na hora, nunca em depósitos a prazo ou ter esse valor apostado em investimento de risco. Não consegue viver 3 meses sem frigorífico, certo?

    Ter um fundo de emergência pode ser a diferença entre endividar-se ou não, o que é evitável e muitas vezes complica a vida financeira por anos. No caso de ter poupanças maiores, com fins de reforma (PPR) e outras, este fundo também é uma forma de evitar ter de resgatá-las e perder com isso.

    O fundo de emergência deverá ser mantido e atualizado conforme as suas necessidades financeiras forem aumentando. E deve estar longe de tentações de consumo imediatas, sobretudo as mais dispendiosas. Não se esqueça é que é uma ferramenta essencial em finanças pessoais, e deve pensar em construí-lo desde o início da sua vida financeira independente.

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