O dinheiro é um daqueles temas que está constantemente nas nossas mentes, mas que muitas vezes está rodeado de equívocos e falsas crenças que podem levar a decisões financeiras menos conseguidas.
Desde a visão de que a riqueza não é um indicador de felicidade até ideias enganosas sobre investimento e dívidas, há várias "mentiras" que contamos a nós próprios sobre dinheiro, gestão orçamental e finanças pessoais. Vamos conhecer algumas destas mentiras e mitos mais frequentes e olhar para as nossas finanças de uma forma mais consciente. Aceita o desafio?
Ao acreditar que o dinheiro não compra a felicidade, muitos negligenciam a importância de gerir as suas finanças, desvalorizando completamente a importância do mesmo.
Apesar de haver alguma verdade na afirmação de que a felicidade não se compra, é inegável que a estabilidade e segurança financeira podem proporcionar paz de espírito e serenidade, que são componentes fundamentais para o bem-estar pessoal.
O dinheiro não tem o poder de uma varinha mágica, mas a verdade é que permite o acesso a recursos e experiências que podem contribuir para a nossa satisfação pessoal.
Muitas pessoas acreditam que os orçamentos são desnecessários ou restritivos. Ou porque acreditam que têm um salário relativamente baixo pelo que o objetivo é fazer face às despesas correntes ou porque têm um salário simpático e optam por gastar a grande maioria do dinheiro sem uma bússola que oriente os seus objetivos financeiros.
Um orçamento bem feito, onde podem estar contemplados os gastos e «luxos» que cada pessoa quiser ter, é um mapa para a liberdade financeira. Permite rastrear despesas, aumentar as poupanças, identificar padrões e hábitos de consumo frequentes ou desnecessários e alinhar os seus gastos com os seus objetivos financeiros, sendo uma ferramenta vital para quem procura estabilidade e crescimento financeiro. Pode ser uma excelente ferramenta de conhecimento pessoal também.
O mercado de investimentos não é um clube exclusivo para quem tem muito dinheiro. Com a democratização do acesso aos mercados financeiros e, sobretudo, com mais informação de fácil acesso, hoje em dia qualquer pessoa pode começar a investir com pequenas quantias. Diversificar a sua carteira e experimentar diferentes instrumentos financeiros pode gerar retornos significativos a longo prazo, independentemente do montante de investimento.
Recorrer a empréstimos ou acumular dívidas pode parecer uma solução rápida para alguns apertos financeiros, mas muitas vezes esse pensamento apenas mascara problemas mais profundos. É essencial compreender as razões subjacentes à necessidade de crédito e trabalhar o quanto antes na criação de um fundo de emergência e no planeamento financeiro, evitando assim ciclos de dívida prejudiciais.
Pensar que a reforma é um evento distante é um erro comum entre os mais jovens. A verdade é que, quanto mais cedo começar a poupar, mais beneficiará da rentabilidade dos seus investimentos, como por exemplo, com um PPR. Logo, menos esforço terá de fazer ao longo dos anos até chegar à idade em que deixa de trabalhar. A preparação para a longevidade financeira é uma longa jornada que deverá começar no momento em que se entra na vida ativa, garantindo uma maior flexibilidade e segurança na terceira idade.
Existem inúmeros relatos de indivíduos que alcançaram riqueza significativa, mas não encontraram a satisfação esperada e até se depararam com novos problemas. O dinheiro pode certamente oferecer conforto e conveniência, mas não é um remédio universal. Problemas de vida, relacionamentos e saúde podem persistir independentemente do tamanho da conta bancária. Além disso, mais dinheiro pode significar mais responsabilidades a gerir bens, investimentos, e até mesmo relações pessoais e profissionais.
Esta crença pode resultar numa atitude derrotista que impede a melhoria do estado das suas finanças pessoais. Gerir dinheiro é uma habilidade que pode ser aprendida e aprimorada, assim como qualquer outra. Começando com passos pequenos e tendo acesso a recursos educativos, qualquer pessoa tem a capacidade de melhorar a sua relação com o dinheiro e as suas habilidades financeiras com o tempo.
Desmistificar todas estas mentiras e mitos comuns sobre dinheiro e finanças pessoais é o primeiro passo para desenvolver uma mentalidade financeira saudável.
A literacia financeira é uma ferramenta poderosa que, quando dominada, pode significar não apenas uma carteira mais recheada, mas também uma vida com mais qualidade e menos preocupações financeiras. Se já tiver a App MySavings, não deixe de fazer umas leituras rápidas na Academia, onde poderá desvendar conceitos financeiros de uma forma simples.
Pode começar por ler livros, ouvir podcasts de especialistas, consultar blogs de literacia financeira. Tudo conta. Na verdade, o conhecimento que vai adquirir renderá como os juros compostos: será sempre a somar.