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    Estratégias para construir o futuro financeiro dos seus filhos

    Que os pais deverão ser os principais responsáveis pela educação dos filhos, não é segredo nem mistério, mas que nunca fique esquecido que a educação em casa também deve abranger as finanças pessoais e que a educação financeira é uma das chaves para o desenvolvimento de futuros adultos estáveis, bem sucedidos e independentes.

    Mas, por onde deve começar esta educação financeira em casa? Como em tantas outras áreas da parentalidade, não existe uma resposta “tamanho único”, mas vários especialistas acreditam que os pais não devem esperar até que os seus filhos sejam suficientemente crescidos para terem uma mesada antes de lhes ensinar as noções básicas sobre dinheiro.

    Ken Eyler, contabilista certificado e CEO da Aquilance, uma empresa de serviços financeiros para famílias muito abastadas, recomenda que se comece a ensinar as crianças sobre dinheiro por volta dos 5 ou 6 anos. Isso ajuda a construir hábitos para a vida e uma relação positiva com o dinheiro, preparando-as para compreender o seu funcionamento na sociedade até atingirem a adolescência.

    4 dicas para começar o ensino de finanças pessoais aos mais novos

    Como já abordámos anteriormente no blog da Fidelidade, uma forma eficaz de incorporar a educação financeira de forma orgânica no dia a dia da família, passa por tornar a aprendizagem dinâmica através de tarefas domésticas.

    Além disso, recomendamos algumas dicas que qualquer família poderá pôr em prática qualquer que seja o seu estilo de vida.

    1. Foque-se nos valores

    Falar sobre dinheiro deve incluir as perspetivas da sua família sobre as melhores formas de utilizar o dinheiro. Explique aos seus filhos que poupar é importante para si porque, por exemplo, isso ajudou-o/a a pagar a sua educação universitária ou a comprar a sua casa. Ou seja, comece por explicar o porquê de ser importante ter dinheiro de lado e de não gastar tudo o que temos à medida que ganhamos.

    Se se esforça por viver dentro de um orçamento e sem dívidas, fale de forma geral sobre como gastar apenas o que se ganha ajuda a preocupar-se menos e a desfrutar do dinheiro que tem. Se faz contribuições solidárias, conte aos seus filhos por que essas causas são importantes para si e por que dar é significativo. Mesmo que uma criança não esteja pronta para factos e números, poderá mais facilmente entender as decisões que toma e o impacto que têm.

    2. Torne as conversas sobre dinheiro num assunto de família

    Quando apropriado, inclua os seus filhos em reuniões familiares sobre orçamentação e gastos. Embora os pais sejam os tomadores de decisão, as crianças podem participar nas celebrações quando os pais conseguiram pagar uma grande dívida ou poupar o suficiente para um objetivo de longa data (tal como umas grandes férias em família, por exemplo!). Explique como alcançaram o objetivo — por exemplo, cortando as idas a restaurantes — e por que valeu a pena, como o facto de não ter mais que fazer pagamentos de um empréstimo de carro.

    3. Recorra a ajudas visuais

    Considere mostrar aos seus filhos uma das suas faturas mensais — de eletricidade ou internet e televisão, por exemplo — e explicar de onde vêm os custos. Em conjunto, pensem em formas de reduzir a fatura, como, por exemplo, desligar as luzes quando saem de uma divisão ou cancelar um canal premium a que a família raramente assiste. Reveja a fatura no próximo mês com os seus filhos para ver como as escolhas da sua família ajudaram a reduzir as despesas. Pode transformar esta revisão num jogo para ver quanto conseguem poupar em equipa, com uma recompensa definida no final, como um piquenique em família ou uma ida ao cinema (com pipocas incluídas, claro!).

    4. Dê-lhes a oportunidade de ganhar (e de decidir onde gastar)

    Seja a ajudar nas tarefas de casa ou, mais tarde e mais velhos, conseguindo um trabalho depois da escola ou durante o verão, incentive os seus filhos a ganhar algum dinheiro por conta própria. Uma vez que o façam, fale com eles sobre possíveis formas de usar os seus ganhos, seja para um objetivo imediato, como um brinquedo, uma ida à sua gelataria favorita, ou um alvo a longo prazo, como um telemóvel. Discuta como gastar agora significará que levará mais tempo para alcançar um objetivo a longo prazo. Ter esta perspetiva pode ajudá-los a decidir se o objetivo a curto ou a longo prazo é mais importante para eles.

    Incentive-os também a reservar algum dinheiro para doar. Fale com eles sobre o que é significativo para eles, como animais, o ambiente ou alguma outra causa, e sobre quanto do seu próprio dinheiro gostariam de aplicar a essas causas. Estas conversas e experiências dar-lhes-ão uma compreensão prática de como o dinheiro funciona e incutirão bons hábitos financeiros que podem durar uma vida inteira.

     

    Educação financeira para crianças: um pilar fundamental

    A educação financeira é um pilar fundamental na formação de crianças preparadas para enfrentar o mundo com responsabilidade, autonomia e inteligência financeira. Ao integrar estas práticas e conversas no quotidiano familiar, os pais não só transmitirão conhecimentos essenciais sobre gestão de dinheiro, mas também fortalecem os laços familiares através de atividades conjuntas e diálogos significativos.

    Iniciar estas lições desde cedo prepara os mais novos para tomar decisões financeiras informadas no futuro, ajudando-os a evitar armadilhas comuns como o endividamento excessivo e a gestão financeira imprudente. Mais do que isso, ao focar em valores como a poupança, o investimento consciente e a generosidade, os pais estarão a cultivar uma nova geração capaz de usar o dinheiro não só para o seu próprio benefício, mas também para o bem da sociedade.

    Por mais conversas abertas sobre dinheiro e por futuros cidadãos conscientes e responsáveis num mundo cada vez mais complexo, conte com a Fidelidade e com a app MySavings para o ajudar a gerir de maneira intuitiva os diferentes objetivos de poupanças e investimento de toda a família.

     

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