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7 erros a evitar para ensinar os seus filhos a gerir melhor o dinheiro

Written by Fidelidade | Oct 23, 2024 10:06:41 AM

poupançaPor mais que informados que estejamos sobre Finanças Pessoais, o nosso conhecimento sobre Literacia Financeira só se aprofunda verdadeiramente graças ao conhecimento empírico, ou seja, quanto mais vivemos, mais percebemos como o dinheiro e o próprio mundo funcionam. E no que diz respeito a educar crianças sobre a sua importância, vamos sempre cometer alguns erros, perfeitamente naturais. Contudo, se soubermos identificá-los primeiro, maior são as hipóteses de os cometermos enquanto tentamos ensinar os mais novos a construir uma boa relação com o dinheiro.

A educação financeira é um pilar fundamental na formação de qualquer criança, preparando-a para tomar decisões sábias no futuro. No entanto, muitos pais, mesmo com as melhores intenções, podem inadvertidamente transmitir hábitos financeiros menos positivos aos seus filhos. Reconhecer e corrigir estes erros é crucial para garantir que as crianças desenvolvam uma relação saudável e equilibrada com o dinheiro. Aqui estão algumas práticas a evitar.

Não falar sobre dinheiro

Muitas famílias evitam discutir finanças perto das crianças, seja por considerarem um tema demasiado adulto ou por receio de preocupá-las com questões de dinheiro. No entanto, esta abordagem pode privar as crianças de lições valiosas sobre gestão financeira e responsabilidade.

Ignorar o tema financeiro em casa é, de facto, um dos erros mais comuns. É importante incluir as crianças em conversas sobre finanças de uma forma adequada à sua idade, para que compreendam o valor do dinheiro e a importância do planeamento financeiro.

As crianças começam a formar as suas perceções sobre o dinheiro e como ele funciona no mundo desde cedo. Ao incluí-las em conversas sobre o orçamento familiar, os pais têm a oportunidade de moldar a compreensão saudável e realista sobre dinheiro. Isso não significa sobrecarregar os mais novos com preocupações financeiras ou detalhes complexos, mas sim adaptar a conversa de forma que seja relevante e acessível para a sua idade.


Não liderar pelo exemplo

A influência dos pais no comportamento e nas atitudes dos filhos em relação ao dinheiro é inegável. As crianças observam e absorvem os hábitos dos pais desde muito cedo, incluindo aqueles relacionados com a gestão financeira. Portanto, não liderar pelo exemplo no que diz respeito às finanças pode ensinar, inadvertidamente, lições negativas aos mais jovens.

Gastar de forma impulsiva, não seguir um orçamento, ou demonstrar uma atitude desleixada em relação ao planeamento financeiro são comportamentos que os filhos podem imitar, adotando assim uma relação pouco saudável com o dinheiro.

Não ensinar a poupar

A poupança deve ser um conceito introduzido desde cedo. Encorajar os filhos a guardar dinheiro, seja para um brinquedo desejado ou para um objetivo futuro, ensina-lhes a esperar e a valorizar as suas conquistas.

Os pais podem começar por explicar conceitos básicos como poupança, orçamento e o custo das coisas. Uma ida ao supermercado pode transformar-se numa lição sobre comparação de preços e a importância de fazer escolhas sábias.

 

Ignorar a importância de ganhar

Permitir que as crianças ganhem o seu próprio dinheiro, através de tarefas ou pequenos trabalhos, pode ser uma excelente forma de ensinar sobre o esforço necessário para obter dinheiro e a satisfação de ganhá-lo honestamente.

Dar às crianças uma pequena mesada em troca de tarefas domésticas é uma das formas mais comuns e eficazes de lhes ensinar valiosas lições sobre o trabalho e o valor do dinheiro ganho.

Ler também: 5 lições financeiras que as crianças podem aprender com tarefas domésticas


Não estabelecer limites

É importante ensinar sobre a diferença entre querer e precisar. Estabelecer limites e dizer "não" quando necessário ajuda as crianças a compreenderem que os recursos financeiros não são ilimitados.

Esta aprendizagem não se limita a preparar os jovens para tomar decisões financeiras sábias no futuro, mas incute também valores importantes como gratidão, paciência e disciplina.

Quando os pais falham em definir limites claros em relação ao dinheiro, podem inadvertidamente passar a mensagem de que os recursos financeiros são ilimitados ou que todos os desejos podem ser imediatamente satisfeitos. Esta perceção distorcida pode levar a comportamentos de consumo impulsivo e a uma valorização inadequada do esforço necessário para ganhar e poupar dinheiro.

 

Falhar em introduzir conceitos financeiros complexos

À medida que as crianças crescem, introduzir conceitos mais complexos como investimento, juros e empréstimos pode prepará-las para decisões financeiras mais significativas no futuro. Discussões sobre objetivos financeiros familiares, como poupar para férias ou para a educação universitária, podem ajudar os mais jovens a entender a importância do planeamento financeiro e do esforço conjunto.

 

Proteger demais

Evitar que as crianças enfrentem as consequências naturais de suas decisões financeiras pode impedi-las de aprender com os seus erros. É essencial permitir que, dentro de um ambiente seguro, elas cometam erros e aprendam com eles.

Além disso, falar abertamente sobre dinheiro ajuda a desmistificar o tema e a combater o estigma que muitas vezes o rodeia.

Ensinar às crianças que enfrentar desafios financeiros é normal e que a gestão cuidadosa do dinheiro é uma habilidade valiosa na vida também abre espaço para que elas façam perguntas, coloquem dúvidas e aprendam com os exemplos positivos e negativos das decisões financeiras familiares.

Ao evitar estes erros, os pais podem desempenhar um papel crucial na formação da literacia financeira dos filhos, assegurando que cresçam com a capacidade de gerir o dinheiro de forma eficaz e responsável. Estabelecer uma base sólida no que toca a finanças pessoais é um dos melhores presentes que podemos dar às gerações futuras, equipando-as para enfrentar os desafios financeiros com confiança e sabedoria.